Maiores Jatos Cósmicos Já Registrados São Descobertos por Astrônomos: Um Fenômeno que Transcende a Imaginação

Aqui está a ilustração artística em 16:9 4K do maior sistema de jatos cósmicos já observado, chamado Porphyrion. Ela representa o impressionante fenômeno de plasma se estendendo por milhões de anos-luz no espaço.


Por redação GIT - 06/10/2024

A grandiosidade do cosmos nos surpreende mais uma vez. Cientistas revelam os maiores jatos cósmicos já observados no universo: um fenômeno colossal com uma extensão de 23 milhões de anos-luz.

Imagine alinhar 140 galáxias como a Via Láctea, uma após a outra. Essa é a extensão dos maiores jatos cósmicos já descobertos, e o responsável por essa magnitude assustadora é o Porphyrion, nome dado ao sistema de jatos expelidos por um buraco negro supermassivo localizado a cerca de 7,5 bilhões de anos-luz da Terra.

Descoberta Sem Precedentes

A descoberta foi realizada por uma equipe internacional de astrônomos utilizando o radiotelescópio LOFAR (Low Frequency Array), uma rede de antenas distribuídas por vários países europeus. Esses jatos de plasma, incrivelmente energéticos, se estendem a uma distância impressionante de 23 milhões de anos-luz — um recorde no campo da astronomia.

Porphyrion foi batizado com o nome de um gigante mitológico que tentou desafiar Hera, esposa de Zeus. A escolha desse nome reflete a colossal dimensão do sistema e a resistência que essa estrutura oferece ao nosso entendimento do cosmos.

O Que São Jatos Cósmicos?

Jatos cósmicos são fluxos de plasma extremamente energéticos, ejetados de buracos negros supermassivos localizados no coração de galáxias distantes. Quando um buraco negro está em processo de "alimentação", ele atrai enormes quantidades de matéria que se aglomeram ao seu redor, formando o chamado disco de acreção. Parte dessa matéria, no entanto, é acelerada a velocidades próximas à da luz e é lançada em direções opostas, gerando os jatos que atravessam o espaço.

💡 Relembre:
Um buraco negro é um abismo cósmico com uma força gravitacional tão intensa que nem a luz consegue escapar. Assim, eles permanecem invisíveis, escondidos nas sombras do universo. Esses monstros cósmicos devoram tudo o que se aproxima demais, fazendo com que o tempo e o espaço ao seu redor se comportem de maneiras que desafiam nossa compreensão.

  • Buracos negros "se alimentam" de matéria ao seu redor
  • Parte dessa matéria é expelida em forma de jatos de energia
  • Esses jatos podem atingir milhões de anos-luz de extensão

No caso do Porphyrion, os jatos gigantes se originam de um buraco negro supermassivo que reside em uma galáxia extremamente distante. E para dar ainda mais profundidade a essa descoberta, esses jatos se formaram quando o universo tinha apenas cerca de 6,3 bilhões de anos — menos da metade de sua idade atual, que é de 13,8 bilhões de anos.

A Composição dos Jatos: Um Mistério Ainda a Ser Desvendado

A composição exata desses jatos permanece um enigma. O consenso atual entre os cientistas sugere que eles são formados principalmente por partículas leves, como elétrons e positrões (partículas de antimatéria). Aceleradas a velocidades inimagináveis, essas partículas experimentam o que chamamos de dilatação do tempo, um fenômeno previsto pela teoria da relatividade de Einstein.

De acordo com essa teoria, quanto mais rápida a velocidade, mais devagar o tempo passa para as partículas em movimento. Isso significa que, para as partículas dentro desses jatos, o tempo é literalmente esticado, tornando a percepção do universo ao redor algo completamente diferente.

Como os Jatos se Formam?

O processo de formação desses jatos ainda é um mistério que fascina e intriga os cientistas. O que se sabe é que o material que cai em direção ao buraco negro se transforma em um plasma magnético. À medida que esse plasma interage com os campos magnéticos ao redor do buraco negro, ele gera campos elétricos extremamente poderosos que aceleram as partículas, criando os jatos que se estendem por milhões de anos-luz.

🔍 Comparação Visual:
Pense em uma mangueira jorrando água para frente e para trás. Agora, imagine essa mangueira expelindo não água, mas fluxos colossais de plasma em direções opostas, criando dois feixes gigantescos que se estendem pelo universo. É exatamente isso que está acontecendo com os jatos cósmicos observados no Porphyrion.

  • Material caindo no buraco negro é acelerado a velocidades próximas à luz
  • Criação de campos magnéticos gera uma aceleração poderosa das partículas
  • Jatos são expelidos em direções opostas, criando uma estrutura colossal no cosmos

O Que Torna Essa Descoberta Tão Relevante?

Essa descoberta nos dá uma visão sem precedentes do funcionamento interno dos buracos negros e seu impacto na evolução das galáxias. Os jatos cósmicos desempenham um papel crucial no processo de formação e desenvolvimento de galáxias, influenciando o ambiente ao seu redor e até mesmo regulando o nascimento de novas estrelas. Eles são verdadeiros escultores cósmicos, moldando e esculpindo o universo em uma escala inimaginável.

Emoção e Fascínio pelo Universo

A grandiosidade dessa descoberta não reside apenas em seu tamanho astronômico, mas também na forma como ela nos conecta a questões fundamentais sobre a natureza do espaço-tempo, da matéria e da energia. Olhar para o Porphyrion é como observar um eco distante dos primórdios do universo, uma janela para um tempo em que as galáxias ainda estavam se formando e os buracos negros estavam em seu auge.

E mesmo com toda a nossa tecnologia avançada, o Porphyrion nos lembra que o universo ainda guarda segredos profundos, esperando para serem desvendados. Uma descoberta como essa renova nosso fascínio pelas estrelas e nossa eterna curiosidade sobre o cosmos.


Destaques

  • Maior jato cósmico já registrado: 23 milhões de anos-luz de extensão
  • Buraco negro supermassivo a 7,5 bilhões de anos-luz da Terra
  • Jatos cósmicos formados a partir de plasma acelerado a velocidades próximas à luz
  • Os jatos podem conter partículas de antimatéria, como positrões
  • Nova descoberta feita com o radiotelescópio LOFAR

Principais Tags:

jatos cósmicos, buracos negros, universo, LOFAR, Porphyrion, plasma, relatividade, astrônomos, evolução galáctica


Créditos da Matéria: Roberto Peixoto, G1

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